A Secretária-geral da Juventude Socialista, que abriu o segundo dia de debate na generalidade do Orçamento do Estado para 2020 no Parlamento, mostrou-se convicta que “este orçamento faz escolhas certas e segue opções que interessam, preocupam e mobilizam os jovens portugueses”.
Maria Begonha, que é também vice-presidente da bancada socialista, começou por destacar na sua intervenção de abertura no debate de hoje que a proposta de Orçamento do Estado apresentada pelo Governo “consolida um caminho de progressos e conquistas dos últimos quatro anos”.
A deputada jovem do PS reafirmou o compromisso de continuar as “boas políticas que permitem a uma maioria expressiva de portugueses hoje viver melhor” sublinhando a importância de “um Estado mais capaz de intervir e servir o interesse de todos” num “país onde os jovens continuam a conhecer desigualdades, mas que se mostra sempre inconformado no combate à injustiça social, à pobreza, à precariedade e à falta de oportunidades”.
“Ao invés de entregar o futuro e uma geração a caprichos e políticas de crises cíclicas de forma resignada”, opções assumidas no passado pela direita, Maria Begonha aponta que o PS “continua a construir a estabilidade económica, política e social que os jovens portugueses precisam para construir e continuar os seus projetos de vida”.
Sobre as “boas escolhas” deste orçamento, a deputada jovem começou por destacar a importância de se “continuar a ver no investimento público, no serviço público, uma chave para a emancipação dos jovens portugueses” porque “emancipar é acabar com os fatores de desigualdade, e só assim a juventude portuguesa poderá dispor na prática do ideal da liberdade”.
Sublinhando “o reforço do investimento público na habitação, com o reforço do Programa 1.º Direito” bem como a aposta em “mais habitação pública com rendas acessíveis, com um forte impacto para os mais vulneráveis e para as classes médias”, a Secretária-geral da JS apontou ainda que este Orçamento não esquece “o problema concreto dos estudantes deslocados” pois “o investimento no Plano Nacional de Alojamento para o Ensino Superior com cada vez mais camas disponíveis para os nossos estudantes não ficou, não ficará para trás, e veio para ficar!”.
Já na educação, Maria Begonha recordou que o PS “investe mais e melhor em melhor escola pública”, uma visão que contrapõe à da direita que “defende os méritos da retenção, de castigar percursos e a obsessão com os exames”, uma visão que “para ser mais conservadora, só mesmo se propusessem o recuo da escolaridade obrigatória” sublinhou.
“Neste país continua a aumentar o número de estudantes, de licenciados, de mestres, de doutorandos, aumenta a aposta no Ensino Profissional, na formação ao longo da vida, porque precisamos de todos” afirmou a líder dos jovens socialistas, apontando que este é “um orçamento para continuar essa trajetória, um orçamento que dá mais ao conhecimento e à ciência, e pede menos aos estudantes em propinas”.
Maria Begonha defendeu ainda “a valorização no mercado de trabalho dos mais jovens e a sua valorização salarial” em linha “com o investimento que depositam, e as suas famílias, na sua formação”, aspirações que “não ficam sem resposta neste orçamento” onde o Estado dá o exemplo “com o aumento das bolsas de estágio do IEFP” e com “a medida do IRS Jovem”, destacando os “efeitos diretos na qualidade de vida” dos jovens portugueses.
Às bancadas da direita Maria Begonha apontou que gostariam de “ter tido a criatividade e a vontade política de conceber uma medida de alívio fiscal para as novas gerações que entram no mercado de trabalho” mas “de facto foram os socialistas, foi o Governo do PS, que optou e escolheu tributar em menor grau os mais jovens, porque sabemos estar ao lado de quem mais precisa de incentivos no momento de início da sua vida profissional”.
“Estou convicta que este orçamento faz escolhas certas e segue opções que interessam, preocupam e mobilizam os jovens portugueses, e que poderá ainda melhorar ao longo das próximas semanas” concluiu a Secretária-geral da JS.
Interpelada por Sofia Matos, deputada do PSD, Maria Begonha afirmou que “nós não esquecemos que a emancipação dos jovens portugueses é uma das prioridades deste Governo, na área da habitação, das qualificações, do emprego e da mobilidade”, representando “uma inversão total das políticas que fizeram no vosso governo, durante quatro anos, que provocou a esta geração a maior crise que conheceu”.
“Espero encontrar uma forma mais elevada de fazer oposição do que não ficar satisfeita com os avanços do país e da minha geração” apontou a líder dos jovens socialistas.
