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Secretário-geral da Juventude Socialista em destaque no semanário SOL


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João Torres, Secretário-geral da Juventude Socialista, defende a criação de um salário mínimo nacional numa entrevista ao semanário SOL, publicada na edição impressa do passado sábado, dia 13 de agosto.

O líder dos jovens socialistas portugueses assume que «há salários obscenos» e defende uma limitação dos salários dos gestores, acreditando que o país está preparado para começar por «limitar os salários em todas as organizações públicas».

João Torres explica uma proposta que a Juventude Socialista apresentou no XXI Congresso Nacional do Partido Socialista, sob a forma de uma moção setorial, em que se defende a limitação proporcional dos salários, no rácio de um para vinte em todas as organizações públicas, seja de que natureza for, entre quem ganha mais e quem ganha menos.

No futuro, um alargamento da medida ao privado seria assegurado «com penalizações para as empresas que pratiquem salários com desproporções superiores a um para 20, através do agravamento da taxa de TSU», entre outras medidas.

O jovem deputado socialista considera ainda que existe no Partido Socialista uma abertura a esta proposta, mesmo por parte da “geração mais velha”. Relembrando os últimos quatro anos de governo de direita assinala que «as políticas austeritárias tinham um intuito que era o de criar conflito intergeracional e esse foi talvez do ponto de vista social uma das derradeiras falhas».

Por isso, acredita ser parte de uma geração mais nova do PS tem com «uma consciência mais crítica em relação à sociedade, porque tem sofrido como nenhuma outra de há 40 anos para cá», sublinhando a existência de uma «trilogia de sonegação de direitos sociais que tem três vértices: emigração, desemprego jovem e precariedade».

Sobre a participação democrática nos assuntos da República, João Torres reconhece ser muito difícil trazer jovens para a política «desde logo porque muitos estão a sair do país e porque o problema da população em geral e dos jovens em particular, com a política, prende-se com ausência de resultados efetivos». Assim, considera ser urgente «qualificar a democracia», exigindo-se das juventudes partidárias bons exemplos.

O Secretário-geral da JS defende ainda que «a geringonça veio para ficar» e recorda: pese embora tenham existido pontos de discórdia «nos momentos decisivos, a verdade é que esta fórmula governativa não falhou», salientando que «não há nenhuma razão para acreditar que vá falhar no processo de negociação do Orçamento para 2017».

No final da entrevista, quando questionado sobre a centralidade do papel de António Costa na construção da solução governativa e na gestão corrente do governo, João Torres é peremptório ao dizer que «o PS deve a geringonça a António Costa», reforçando ainda o papel decisivo deste governo ao destacar que «estes últimos nove meses foram muito importantes para a valorização da política e para se sublinhar a capacidade de transformação que a política encerra».

 

17/08/2016
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