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Secretário-geral da Juventude Socialista em destaque na revista do Expresso


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O deputado e líder dos jovens socialistas, João Torres, postula que «a geringonça dura quatro anos» e fala sobre as causas estruturantes da Juventude Socialista.

A revista do Expresso, na sua edição desta semana, lançada no dia 2 de julho, contempla uma entrevista com João Torres, Secretário-geral da JS, no âmbito da rúbrica “Passeio Público”, a cargo da jornalista Carolina Reis.

O deputado jovem do Partido Socialista começou a conversa por salientar que «o PS nunca deixou de ser de esquerda», quando questionado se o partido iria extremar posições e, pese embora não desconsiderar a dicotomia esquerda/direita, rejeita a dicotomia entre radicalismo e moderação, preferindo antes «falar de bom senso».

Sobre o líder dos socialistas, e Primeiro-ministro, António Costa, qualifica-o como «uma pessoa extraordinariamente sensata» que «está a implementar políticas sociais», salientando ter sido a direita a afastar-se do centro, nomeadamente «pela forma como implementou políticas austeritárias».

Sobre a austeridade, João Torres considera que se vive em Portugal «uma trilogia de sonegação de direitos sociais com três vértices: a emigração, o desemprego e a precariedade». Para o jovem socialista «há de facto uma geração adiada no nosso país», uma geração a quem António Costa está restituir os direitos sociais. Essa atuação «nem se pode dizer que é de esquerda ou de centro esquerda», diz, mas sim «o que é sensato depois de quatro anos de uma enorme privação de direitos».

Sobre a geringonça, o Secretário-geral da JS admite que «a princípio tinha dúvidas, não em relação à solução, mas que viesse a acontecer», no entanto considera existirem condições para a geringonça durar quatro anos «se todos cumprirem a sua palavra».

O jovem deputado lembra o «património insubstituível no aprofundamento histórico e cultural» da esquerda portuguesa, onde se inserem as chamadas causas fraturantes. Ainda assim, o líder dos jovens socialistas considera existirem diferentes abordagens entre o PCP, o PS ou o BE, salientando que, para os socialistas, estas são causas estruturantes, muitas delas concretizadas graças à ação política da Juventude Socialista.

João Torres acredita que a preocupação de fundo subjacente às propostas da JS «merece uma concordância geral dos socialistas, particularmente na questão dos salários justos e do trabalho sexual», considerando mesmo existir «um entendimento profundo dos fenómenos que motivam estas propostas».

Particularmente sobre a proposta de limitação dos salários, João Torres alerta para o facto de, hoje, ninguém poder aceitar as desigualdades salariais, nas proporções em que são praticadas. Assim, «a JS tinha obrigação de dar o primeiro passo, para que o PS seja obrigado a refletir sobre esta matéria», diz o jovem socialista.

04/07/2016
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