O PC
Um símbolo emblemático dos dias correntes, o PC é utilizado pelo cidadão como o telemóvel ou mesmo os talheres com que jantamos. O PC como valor absoluto da humanidade moderna tornou-se de tal forma voluntariamente imprescindível que de certo modo se torna um possível obstáculo à tão louvada liberdade de expressão, de maneira que este PC se encontra inserido no nosso comportamento tão profundamente como manter o sotaque da nossa terra natal, como o meu tão querido sotaque algarvio.
Estando na hora de decifrar a sigla PC que será a partir de agora o «politicamente correto», tornando mais, nem que seja um bocadinho, o nosso comportamento alvo de um certo cepticismo e de uma certa hipocrisia na maioria das situações.
Observamos em todos os discursos políticos e em praticamente todos os comportamentos humanos este valor ou talvez apenas outro comportamento necessário para a sobrevivência social moderna, o Politicamente correto legitima como lei a meu ver a civilização.
a minha área de estudo, o politicamente correto é uma forma de estar natural e melhora dos serviços. Este é o ramo hoteleiro, do qual gosto e me interessa sempre aprender algo novo, de maneira que, as regras de etiqueta se encontram como uma das pedras basilares do politicamente correto, não desvalorizando tais regras, fora da vida profissional ou escolar onde perdura a liberdade, valor que me move na política, penso que o politicamente correto limita e obstruí não de um modo hostil mas de um modo abstrato a nossa liberdade de expressão, mesmo não sendo malcriado à partida, o politicamente correto nas ações do dia a dia como no simples ato de dizer ao nosso colega como o seu cabelo esta porreiro quando na verdade não esta, porque? Porque é politicamente correto dizer tal coisa…
Esta é a nossa educação eu sei, daí estar a dizer que está de tal maneira interiorizado no básico comportamento civilizacional. E se por acaso a total liberdade não se implica tal coisa? Se a liberdade de expressão absoluta nos desse a possibilidade de comunicar livremente pelas palavras e ações atuando, isto é, livremente pelas palavras e atos, pela Verdade absoluta.
Nunca claro violando a liberdade do próximo, isso claro está fora de questão. Mas o politicamente correto de que falo e todos sabemos qual, não nos permite alcançar a verdade absoluta da comunicação, há que dizer que existem sempre cordas soltas pelo meio da equação.
E porque prezo a liberdade de expressão pela qual o meu bisavô lutou tanto na revolução e antes dela, cito, «de que serve a terra à vista se o barco está parado?».