Juventude Socialista solidariza-se com as populações fustigadas pelos incêndios

A Juventude Socialista solidariza-se com todas as populações e autarcas das zonas afetadas pelos incêndios florestais, apresentando as mais sentidas condolências aos familiares e amigos das vítimas da tragédia que assolou o país no dia 15 de outubro.

A JS deixa, também, uma palavra de apreço e reconhecimento pelo trabalho incansável que todos os bombeiros e Proteção Civil realizaram, colocando-se na linha da frente do combate a esta calamidade e na primeira ajuda às populações afetadas.

Nas palavras do líder dos jovens socialistas, Ivan Gonçalves, «O choque de em poucos meses voltar a reviver incêndios de grandes dimensões e em número elevadíssimo, com dezenas de vítimas mortais, deve convocar toda a sociedade portuguesa para uma importante reflexão. A JS reitera a sua solidariedade com todos os afetados por esta tragédia e renova o compromisso na luta para evitar que eventos destes se repitam.».

A Juventude Socialista lembra o seu total compromisso com a sustentabilidade ambiental e com a defesa do meio ambiente. Entendemos que a proteção ambiental deve ser um pilar fundamental do Estado Social. Entendemos ser necessário um estado forte e intervencionista no que toca à matéria ambiental.

Desde logo, enfatizando a necessidade de urgência no combate às alterações climáticas, em linha com o ratificado no Acordo de Paris, onde se reconhece a necessidade urgente de redução das emissões globais de gases de efeito de estufa e dos benefícios duradouros que uma ação preventiva terá nas mudanças climatéricas que já se vão sentindo um pouco por todo o mundo.

Por outro lado, entendemos ser o momento de todas as forças políticas representadas na Assembleia da República convergirem numa verdadeira reforma da floresta, enquadrada numa Estratégia Nacional que pense o setor no muito longo prazo e que descentralize para a escala regional a forma como a floresta se organiza.

A verdade é que a ocupação territorial do país e a forma como as populações se relacionam com o meio ambiente mudou muito nas últimas décadas. As comunidades, que outrora organizavam e planeavam o espaço florestal, não têm hoje a relação que tinham com este setor.

Do ponto de vista legislativo, Portugal aparece apetrechado de mecanismos robustos de prevenção e combate a incêndios. Contudo, tal não se afigura, de longe, suficiente para responder às necessidades do país e das populações. Apesar dos passos positivos dados recentemente pelo atual Governo, com o objetivo de discutir a reforma do sector florestal, muito há ainda a fazer.

Entendemos que o investimento na floresta não pode estar ao sabor das regras de mercado nem da iniciativa privada, devendo incidir na promoção de património florestal diversificado. É necessário mudar o atual paradigma de exploração económica da floresta para um tipo de exploração ecologicamente sustentável recorrendo, por exemplo, a incentivos fiscais e económicos à plantação e exploração económica do tecido florestal através das espécies autóctones ou a medidas de preparação da floresta para uma correta articulação com a indústria transformadora de madeira.

A Juventude Socialista reitera o seu absoluto comprometimento com a discussão e consensualização de uma visão e de uma estratégia para o país em torno da proteção da floresta e da conservação dos territórios.