A Juventude Socialista repudia veementemente as ameaças do grupo de extrema-direita “Nova Ordem de Avis – Resistência Nacional” contra 10 cidadãos, entre os quais 3 deputadas, e a recente escalada de manifestações de índole racista, desde a Manifestação convocada pelo Partido CHEGA a 2 agosto à parada ao estilo do Klu Klux Klan à porta da Associação SOS Racismo.

Após anos a ser considerado um oásis sem populismo no mundo ocidental, o racismo e a xenofobia têm rapidamente mostrado os seus dentes em Portugal. A Juventude Socialista não ignora que os antecedentes destas ameaças nas declarações de André Ventura mandando a deputada Joacine Katar Moreira para outro país, bem como o facto destas manifestações terem sido precedidas por declarações do líder da Oposição, o deputado Rui Rio, negando a existência de racismo na sociedade portuguesa e aliás dizendo que “ainda ficamos racistas com tanta manifestação contra o racismo”.

“Este é o momento para dizer não passarão”, diz Maria Begonha, secretária-geral da Juventude Socialista e deputada, “Ao ameaçar estes 10 cidadãos estão a ameaçar todos nós quantos escolhermos lutar por um Portugal livre e democrático, onde todos tenham lugar independentemente da sua crença ou etnia.”

A Secretária-Geral da JS comentou ainda as mais recentes declarações do PSD e da JSD, dizendo que “Enquanto o PSD e o recém-eleito líder da JSD escolhem discutir as condições para namorarem com o Chega, a extrema-direita vai sendo normalizada e ultrapassando a cada dia fronteiras que há pouco seriam impensáveis.”

A JS rejeita qualquer via de entendimento com um partido como o CHEGA ou com André Ventura cujas posições estão sistematicamente a promover o racismo e a xenofobia.

A JS manifesta a sua total solidariedade com os(as) ativistas e deputadas visados e reitera o repúdio total para com os intoleráveis acontecimentos recentes, atentatórios do nosso estado de direito democrático.