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Juventude Socialista pede demissão do Presidente do Eurogrupo


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A Juventude Socialista não se revê nas palavras do ministro das finanças holandês e presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, numa entrevista publicada na edição de segunda- feira do jornal alemão Frankfurter Allgemeine Zeitung.

Esta segunda-feira, o ainda ministro das finanças holandês e presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, afirmou que «na crise do euro, os países do norte da Europa mostraram-se solidários com os países afetados pela crise. Como social-democrata, atribuo à solidariedade uma importância extraordinária. No entanto, quem pede ajuda também tem obrigações. Não se pode gastar o dinheiro em copos e mulheres e logo depois pedir ajuda».

O Secretário-geral da Juventude Socialista, Ivan Gonçalves, considera que «estas declarações obedecem a um padrão inaceitável que perpetua e acentua um preconceito dos povos do norte para com os povos do sul, sendo inadmissíveis quando vindas de alguém que assume responsabilidades políticas no projeto europeu».

Para o líder dos jovens socialistas, «Dijsselbloem é o exemplo de uma suposta “esquerda” – que optou por se tornar uma cópia de qualidade duvidosa da direita liberal – na qual não nos revemos. Este divórcio entre alguns setores da esquerda e a sua matriz ideológica tem contribuído para o aumento da divisão e da segregação dos povos, ao mesmo tempo que não tem sido eficaz no controponto à direita liberal que tem dominado as instâncias e o pensamento político europeu, e cujos fracassos têm contribuído para o crescimento de soluções de direita extremista e populista.»

A poucos dias do aniversário do Tratado de Roma, a JS considera a permanência de Jeroen Dijsselboem na presidência do Eurogrupo insustentável e indesejável face aos objetivos de maior integração e coesão que defendemos para o futuro da União Europeia.

O comunicado remetido aos órgãos de comunicação social encontra-se disponível aqui.

 

22/03/2017
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