Juventude Socialista condena nova «Lei do Estado Judeu»

Ivan Gonçalves, Secretário-geral da JS, entende que «neste momento de impasse e tensão todos os povos têm a responsabilidade e o dever de contribuir com soluções para os problemas no Médio Oriente. Entendemos que a condenação desta nova lei e o reconhecimento do Estado Palestiniano são o único caminho possível para garantir a paz e a segurança na região, enviando uma mensagem clara às partes sobre a inevitabilidade de retomarem negociações com vista ao estabelecimento efetivo da solução dos dois Estados».

A Juventude Socialista condenou, esta semana, a recente «Lei do Estado Judeu» aprovada pelo Parlamento de Israel e que veio instituir, entre outras normas, o direito à autodeterminação nacional exclusivamente para judeus, despromove o árabe como uma das línguas oficiais, declara os colonatos como tendo um interesse estratégico nacional e estabelece que Jerusalém «una e indivisa» é a capital de Israel.

Em comunicado os jovens socialistas entendem que «a aprovação desta lei segregacionista e divisionista não é mais do que a tentativa, por parte do Estado israelita, de implementação de uma superioridade étnica na região. Além disso, a evidência das posições extremistas assumidas neste documento apenas veem contribuir para manter o Médio Oriente e o mundo sob uma tensão constante e profundamente alarmante e constituem o passo mais recente numa série de ataques que têm posto em causa liberdades e direitos, entre eles os da soberania e sobrevivência dos palestinianos, constituindo um verdadeiro impedimento ao processo de paz na região, assente na solução de coexistência segura e pacífica entre o Estado Israelita e o Palestiniano».

Os jovens socialistas entendem «que o Governo de Portugal deve tomar todas as medidas diplomáticas necessárias de forma a protagonizar uma atitude de condenação clara e inequívoca a esta disposição do parlamento israelita».

Acrescentam ainda que «perante a atual situação e o equilíbrio de forças existente, incita o Governo português a proceder ao reconhecimento imediato do Estado da Palestina, como caminho que melhores condições trará para que seja dado cumprimento à resolução 181, aprovada em 1947 pela Assembleia Geral das Nações Unidas, que estabelece a partilha do território da Palestina em dois estados: o de Israel e o da Palestina».

 

O Comunicado pode ser consultado na íntegra aqui.