O dia 17 de maio é o Dia da Luta contra a Homofobia e Transfobia. A Juventude Socialista associar-se-à a esta causa participando e convidando para a conferência ‘O mundo não é Arco-Íris: Geografias da Discriminação de Pessoas LGBT’, a acontecer no Palácio Foz, na Praça dos Restauradores, em Lisboa.
A iniciativa é do Conselho Nacional da Juventude (CNJ), em cooperação com a ILGA Portugal – Intervenção Lésbica, Gay, Bissexual e Transgénero e a rede ex aequo – associação de jovens LGBTs, contando com o apoio institucional do IPDJ – Instituto Português do Desporto e Juventude. No painel de oradores estarão Miguel Vale de Almeida (antropólogo, activista LGBT), Ana Monteiro (Amnistia Portugal) e Marta Ramos (ILGA Portugal).
Este dia, instituído em 2004, pretende alertar em relação à discriminação e violência de que ainda são alvo muitas pessoas LGBT em todo o mundo. O ‘Lesbians and Gay Rights in the World Map’ (2013), divulgado pela ILGA-World, revela dados preocupantes, ser gay ou lésbica é merecedor de pena de morte em cinco países do Mundo (Iémen, Irão, Mauritânia, Arábia Saudita e Sudão, além de regiões da Nigéria e Somália), sendo que em outros 71, esta orientação é condenada com pena de prisão. Na Rússia, os retrocessos também têm sido visíveis, com uma suposta “lei antipropaganda” a limitar a liberdade de expressão e associação das pessoas LGBT.
E mesmo na Europa, a situação continua longe do ideal: Em 14 países europeus existe uma ilegalidade de facto para as pessoas transexuais e transgénero, não existindo a possibilidade de reconhecimento da sua identidade de género. Outro relatório, divulgado pela Transgender Europe, aponta que em 21 países o reconhecimento da identidade de género exige às pessoas trans a esterilização forçada como requisito.
A Juventude Socialista continuará, no ano em que se comemoram os 40 anos de democracia, a estar na dianteira pela conquista dos direitos LGBT em Portugal.