JS questiona Governo sobre comissões para titulares do Mega Cartão Jovem

No seguimento de várias notícias publicadas nos órgãos de comunicação social e de um comunicado de esclarecimento da própria CGD, os jovens titulares do Mega Cartão Jovem, que tenham entre os 26 e os 29 anos, passarão a pagar comissão de manutenção de conta à ordem, ao contrário do que acontecia até aqui.

A Juventude Socialista, através dos seus deputados à Assembleia da República, questionou na semana passada o Governo relativamente ao fim da isenção do pagamento de comissão de manutenção de conta à ordem para os titulares do Mega Cartão Jovem da Caixa Geral de Depósitos (CGD).

No seguimento de várias notícias publicadas nos órgãos de comunicação social, e de um comunicado de esclarecimento da própria CGD, os jovens titulares deste cartão que tenham entre os 26 e os 29 anos passarão a pagar comissão de manutenção de conta à ordem, ao contrário do que acontecia até aqui.

Segundo as mesmas notícias, a partir de 1 de maio deste ano estes jovens passam a pagar uma comissão de manutenção mensal de 4,95 euros, mais imposto do selo de 4%, o que totaliza um valor de 5,15 euros por mês. Além de tudo isto, estes clientes vão ainda assistir a um aumento da anuidade do cartão de débito de 17%, de 12,48 euros para 14,56 euros.

O Mega Cartão Jovem é uma iniciativa criada pela CGD, dirigida ao mesmo público-alvo que o Cartão Jovem na sua versão clássica, os cidadãos entre os 12 e os 29 anos, que procura unir todas as vantagens de um cartão bancário com funções multibanco às vantagens já existentes no Cartão Jovem, como descontos, reduções, isenções ou serviços exclusivos prestados por empresas privadas ou públicas, autarquias, associações, entre outros. Apesar de ter um custo anual de 12,00€, acrescido de imposto de selo de 4%, este configura atualmente uma das mais importantes ofertas da CGD dirigida ao público mais jovem.

Segundo o Secretário-geral da Juventude Socialista, Ivan Gonçalves, “a confirmar-se esta mudança introduzida pela CGD, estamos na presença de uma alteração que é altamente prejudicial para os jovens, um estrato da sociedade que em regra se encontra numa fase inicial da sua vida profissional, e por isso potencialmente mais frágil, ou mesmo a estudar, não auferindo rendimentos”.

O jovem deputado afirmou ainda que “A CGD é uma sociedade anónima de capitais exclusivamente públicos, cujo Estado é o único acionista. Tem, por isso, uma responsabilidade acrescida na oferta de soluções para as necessidades financeiras dos portugueses, considerando os vários momentos da sua vida, como é o caso da juventude. É importante saber o que o Governo pensa sobre este assunto e se é possível reverter esta situação”.