A Juventude Socialista realizou, em conjunto com o departamento do Trabalho do Partido Socialista, na passada quarta-feira dia 5 de julho, no Jardim Mário Soares, na Sede Nacional do PS, uma iniciativa denominada «Os Jovens e o Movimento Associativo Sindical».

Pela parte da JS, a iniciativa contou com a intervenção de Tiago Estêvão Martins, membro do Secretariado Nacional da JS com o pelouro do Trabalho, e com a intervenção do Secretário-geral da Juventude Socialista, Ivan Gonçalves, a encerrar o debate.

Jovens e menos jovens, estudantes e trabalhadores, sindicalistas e empresários, muitos foram aqueles que estiveram presentes nesta iniciativa que procurou perceber quais as razões que ao longo dos anos têm afastado os jovens do movimento sindical.

 

Das várias intervenções que tiveram lugar, destaca-se a de Ivan Gonçalves que referiu «ser necessário um esforço para que os mais jovens conheçam os seus direitos laborais. Esse trabalho tem de ser feito pelas estruturas sindicais, pelos partidos e pelas organizações de juventude», antes de criticar as desigualdades salariais existentes dentro de uma mesma empresa: «importa refletir sobre a natureza dos salários astronómicos numa dimensão ética, económica e social. A desigualdade da distribuição de rendimentos provenientes do trabalho é um fator de grande relevância para a definição das desigualdades sociais».

O Secretário-geral acrescentou ainda que «a JS é favorável a uma limitação proporcional de salários dentro de cada organização empresarial, pública ou privada, por forma a assegurar que o salário mais elevado não excede em mais de 20 vezes o salário mais baixo pago nessa mesma empresa».

Ivan Gonçalves defendeu, ainda, que «o PS tem de fazer um debate aprofundado sobre os problemas que existem no mercado de trabalho que é, hoje, mais desregulado e no qual os jovens estão mais desprotegidos.»

O líder dos jovens socialistas defendeu, ainda, o «reforço dos mecanismos de negociação através da valorização da contratação coletiva, reforçando a relevância da representação sindical nas empresas e da consciência coletiva do trabalhador».