A Juventude Socialista promoverá, de 1 a 31 de março, um roteiro nacional, junto de associações, movimentos sociais, organizações da sociedade civil, com o propósito de auscultar diversas sensibilidades sobre a realidade do trabalho sexual e da prostituição em Portugal.
No documento «Vamos pela Esquerda – Uma Agenda Jovem», compromisso eleitoral da JS para as Legislativas de 2015, o processo de regulamentação da prostituição surge como uma proposta constante da secção «Vamos pela Esquerda na Igualdade», que advoga o princípio da liberdade individual, nomeadamente a liberdade de autodeterminação sexual e a liberdade de escolha da profissão, constitucionalmente consagrados, combatendo todas as formas de exploração humana e garantindo a segurança, saúde e direitos sociais dos trabalhadores do sexo.
Com vista à exploração destas matérias, decorreu hoje, na Assembleia da República, o primeiro de uma ronda de encontros que irá percorrer o território nacional.
Neste primeiro encontro foram ouvidos representantes da Rede sobre o trabalho sexual (RTS), cujas organizações desenvolvem projetos de contacto direto no terreno com a realidade da prostituição em Portugal.
Desta reunião resultou, segundo o Deputado e Secretário-geral da JS, João Torres, uma «validação inicial» da linha argumentativa que defende a regulamentação da prostituição, assumida como uma opção profissional. Segundo a RTS, a maioria dos trabalhadores do sexo escolhem, livremente, a prostituição como fonte de rendimento, ainda que existam situações de “trabalho sexual de sobrevivência”.
O «Roteiro da Igualdade» prosseguirá amanhã, dia 2 de março, com uma reunião e visita ao Projeto Redlight da Associação Positivo, em Lisboa.