A Juventude Socialista publicou hoje um comunicado onde faz saber que «na sequência da decisão do Governo da República Portuguesa, entretanto tornada pública, de patrocinar a candidatura do Eng. António Guterres a secretário-geral da ONU, reconhece a importância que tal esforço representa, pelo prestigio e relevância política que imana à República».

Para a JS, «António Guterres é um português que dignifica o seu país», nomeadamente «pelo seu ativismo cívico e político de reconhecido mérito». O comunicado destaca o papel de António Guterres enquanto primeiro-ministro de Portugal, entre 1995 e 2002, bem como nas funções de Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados, cargo que considera ter desempenhado «exemplarmente durante dez anos», assumindo uma «luta de primeira linha das grandes causas da Humanidade».

O documento expressa ainda a posição do secretário-geral da JS, para quem António Guterres é «um homem inspirador» e «absolutamente marcante na construção do Portugal democrático». João Torres afirma que o perfil de António Guterres «reúne todas as credenciais, designadamente pela sua dimensão humanista, para representar as mais reputadas causas, enquanto secretário-geral da ONU».

A eleição do secretário-geral da ONU decorrerá, previsivelmente, nos meses de junho e julho de 2016, envolvendo um complicado processo de negociação internacional que passa por, num primeiro momento, obter a recomendação dos países com assento no Conselho de Segurança da ONU e, num segundo momento, pela votação em sede de Assembleia Geral, onde todos os países membros selecionarão o seu candidato preferencial para o mandato de 2017 a 2022. A ser eleito, António Guterres será o terceiro europeu a ocupar o cargo, facto que não se verifica há já 55 anos, dos 70 que marcam a existência das Nações Unidas.

Nota: texto integral disponível aqui.