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João Torres participa em conferência do Fórum Europeu da Juventude


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«Portugal fracassou nas políticas ativas de emprego jovem nos últimos anos», disse João Torres,  orador convidado da conferência «Social Rights in Times of Crisis: the Youth Perspective», organizada em Sófia, na Bulgária, pelo Fórum Europeu da Juventude.

Discutir os direitos sociais num contexto de crise é o mote da conferência, em particular os direitos sociais dos jovens numa Europa em mudança, mas também a crise humanitária dos refugiados é abordada nesta iniciativa queepara os contributos do Fórum Europeu da Juventude para a construção do «pilar social da União Europeia».

Enquanto orador do painel que discutiu a relação entre os jovens e a proteção social, durante a manhã de ontem, João Torres deu o seu testemunho sobre o fracasso das políticas ativas de emprego em Portugal nos últimos anos, nomeadamente a «forma desastrosa com que a “Garantia Jovem” foi aplicada em Portugal».

Como exemplo o jovem deputado lembrou o «aumento brutal da precariedade, muitas vezes a reboque das próprias políticas ativas de emprego, que fomentaram a criação de estágios precarizastes».

«É fundamental não esquecer a diferença entre fomentar estágios e promover a criação efetiva de emprego. Estas duas realidades não andam necessariamente de mãos dadas, algo que os governos precisam de compreender caso pretendam promover postos de trabalho reais, baseados em contratos de trabalho duradouros, para os jovens» salientou o Secretário-geral da JS.

Sobre o caso português, João Torres destacou o trabalho do atual executivo no desenho das políticas ativas de emprego, bem vincado no relatório da proposta de Orçamento do Estado para 2017 onde se assume a especial necessidade de acompanhar os estágios e os contratos emprego-inserção, combatendo a sua utilização abusiva, nomeadamente quando estas medidas são aproveitadas para concretizar substituições de trabalhadores em postos de trabalho efetivos.

O líder da JS aproveitou ainda a ocasião para defender «um contrato (inter)geracional renovado e reforçado num momento especialmente complexo da nossa vida coletiva, enquanto cidadãos portugueses e europeus».

A inclusão dos jovens refugiados na sociedade e a garantia dos seus direitos sociais foi um dos painéis em maior destaque nesta conferência que juntou 100 jovens de diferentes países.

A presença de Sarah Ezzat Mardini, a nadadora síria que este ano integrou a equipa de refugiados nos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro, e que salvou 20 pessoas de morrerem afogadas no mar Egeu, foi um momento marcante desta conferência, com um testemunho na primeira pessoa das dificuldades que atravessam os refugiados na Europa.

«Há um reforço da preocupação com a crise humanitária dos refugiados, que está longe de terminar», alerta João Torres que aproveitou a oportunidade para agendar uma reunião bilateral com Pavlos Christidis, Secretário-geral da JS Grega, com o objetivo de aprofundarem este tema transversal a todos os jovens europeus.

 

18/10/2016
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