Intervindo na reunião plenária da Assembleia da República que debate na generalidade a proposta de Orçamento do Estado para 2017, o Secretário-geral da Juventude Socialista destacou que a proposta «consolida a mudança e encontra nas novas gerações uma oportunidade de futuro e não um embaraço para a governação do país».

A Assembleia da República discutiu ontem e hoje, na generalidade, a Proposta de Lei que aprova o Orçamento do Estado para 2017. Hoje, dia da votação inicial da iniciativa do Governo, o deputado jovem João Torres, Secretário-geral da Juventude Socialista, protagonizou uma intervenção na qual denunciou o ressabiamento e demagogia da direita, à qual considera que o Partido Socialista tem respondido com confiança e credibilidade.

O líder dos jovens socialistas começou por reconhecer que «ao fim de um ano de governação, o país não resolveu todos os problemas, mas fez progressos em vastos domínios da governação que interferem com o futuro das novas gerações e com a sua emancipação – um conceito que se perdeu com a direita no poder».

«Este é um orçamento que traz boas notícias para a juventude portuguesa», salientou João Torres, acrescentando que «o mais franco elogio que se pode fazer a este Governo é, justamente, o de continuar inconformado com as desigualdades que ainda subsistem, que ainda não fomos capazes de superar».

 

«A paz regressou à comunidade escolar»

Uma das áreas que mereceu destaque na intervenção do deputado jovem foi o investimento na Educação, nomeadamente com «a distribuição de manuais escolares a todos os estudantes do 1.º ciclo e o alargamento do ensino pré-escolar a todas as crianças com 3 anos».

«Onde antes se cortava a direito – e à direita – hoje pensa-se a Educação, promove-se o sucesso escolar e investe-se efetivamente na qualificação dos cidadãos», disse.

 

«Vamos continuar a alargar a base social do Ensino Superior no nosso país»

Também o Ensino Superior e a Ciência mereceram particular atenção na intervenção de João Torres. «Hoje, investimos mais na Ciência e no Conhecimento, investimos mais na Ação Social Escolar e reforçamos o financiamento das instituições», disse, lembrando que «entre 2011 e 2015, o número de estudantes no Ensino Superior diminuiu drasticamente».

«Estamos empenhados em que nenhum jovem fique para trás», salientou, traçando a estratégia para o futuro: «Onde antes desperdiçávamos o nosso melhor capital, o capital humano, hoje resgatamos uma geração que voltou a acreditar que vale a pena estudar».

 

«Hoje, damos passos sólidos no combate à precariedade»

Lembrando a «emigração colossal», a «precariedade galopante» e os «níveis de desemprego históricos a que o PSD e o CDS votaram os Portugueses – particularmente no desemprego jovem», considerou que a estratégia do Governo socialista permite dar «passos sólidos no combate à precariedade», nomeadamente «introduzindo mais justiça nos recibos verdes e nos estágios profissionais, e valorizando contratos sem termo e perspectivas de vida estáveis, dignas e decentes».

Também a utilização dos fundos comunitários destinados às políticas ativas de emprego, feita pela direita, mereceu fortes críticas do líder dos jovens socialistas: «o Governo da direita gastou, só em 2014 e 2015, dois terços de todos os fundos comunitários disponíveis para esse efeito – pasme-se – até ao ano 2020. Assim se vê que o rigor da direita nunca passou de retórica, nunca passou de verbo de encher. E ainda têm o desplante de acusar o Governo de reduzir esses apoios. É preciso topete».

 

«No prazo de um ano, o país caminhou da austeridade à esperança»

Terminando a sua intervenção, o deputado da JS declarou que «este é o Orçamento que consolida a mudança e encontra nas novas gerações uma oportunidade de futuro e não um embaraço para a governação do país». «Os mitos urbanos do Dr. Pedro Passos Coelho ficaram definitivamente para trás», disse.

«Neste Governo, no Partido Socialista e no seu Grupo Parlamentar, nenhum jovem português é convidado a sair: antes pelo contrário, todos são bem-vindos à construção do Portugal futuro», rematou João Torres.

 

Nota: os vídeos das intervenções podem ser consultados AQUI e AQUI.