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Israel aprova Lei que limita salários dos banqueiros


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A nova Lei, que entra em vigor daqui a 6 meses, introduz fortes restrições aos salários e bónus dos executivos, tentando assim diminuir a disparidade salarial entre patrões e trabalhadores.

O Ministro das Finanças de Israel, Moshe Kahlon, promotor da iniciativa legislativa, considera haver «um significado moral para lá do impacto económico desta medida» na medida em que «simboliza a diminuição das disparidades salariais, solidariedade e consideração pelos mais fracos».

O Parlamento israelita aprovou a nova Lei por unanimidade, apesar das fortes críticas dos representantes do setor bancário.

Quando entrar em vigor, o novo enquadramento regulatório fixará um limite máximo à remuneração global de cada trabalhador em 2,5 milhões de shekels por ano (582.261€), ou até 35 vezes o salário bruto do trabalhador menos bem pago dentro da empresa. Sendo superados estes limites, as remunerações ficarão sujeitas a taxas de imposto mais altas.

Nos Estados Unidos da América, ao abrigo do «Dodd-Frank Wall Street Reform and Consumer Protection Act», as empresas financeiras estão obrigadas a divulgar publicamente qual o rácio entre os salários mais elevados e mais baixos, embora não exista nenhum rácio mínimo obrigatório.

Em novembro de 2013, por proposta dos Jovens Socialistas suíços, foi realizado um referendo nacional, na Suíça, sobre a introdução de um rácio mínimo de 1:12, implicando que, em cada empresa, o salário mais elevado não ultrapassasse em 12 vezes o valor do salário mais baixo. A «iniciativa 1:12» foi rejeitada com 65.3% de votos contra.

No documento «Vamos pela Esquerda – Uma Agenda Jovem», compromisso eleitoral da JS para as Legislativas de 2015, a Juventude Socialista defende uma limitação proporcional de salários através da introdução de um rácio mínimo entre os salários mais elevados e mais reduzidos de uma mesma organização.

Para os jovens socialistas esta é uma medida importante, com impacto na emancipação dos jovens, pois permite «evitar assimetrias chocantes nas remunerações que ponham em causa uma mais justa distribuição da riqueza proveniente dos rendimentos gerados pelo trabalho».

31/03/2016
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