No âmbito da discussão na especialidade do Orçamento de Estado para 2016, os Deputados da Juventude Socialista, João Torres, Diogo Leão e Ivan Gonçalves, questionaram o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor e o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, sobre algumas das principais preocupações dos jovens portugueses.
Diogo Leão, Secretário-geral Adjunto da JS, questionou o ministro Manuel Heitor sobre a necessidade de intentar um «estímulo global» que desperte os mais jovens para o contacto e apetência pelo conhecimento científico, reconhecendo a vitalidade de uma ligação «cada vez mais forte com o tecido empresarial».
Seguidamente, João Torres, Secretário-geral da JS, invocou o «vasto conjunto de custos» que acarreta a frequência do Ensino Superior. Lembrando a meta definida na Agenda 2020 – 40% da população, entre os 30 e os 34 anos, titular de um curso superior – e o papel «insuficiente» da Ação Social Escolar, questionou o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior sobre a eventual abertura do Governo para a revisão do regulamento de atribuição de bolsas.
Ambos os Deputados saudaram a proposta de Orçamento do Estado, apresentada pelo Governo, pelo regresso ao «caminho que nunca deveria de ter sido abandonado», um caminho onde o Ensino Superior surge como um «direito de todos».
Na segunda audição, Ivan Gonçalves, Secretário Nacional da JS, interpelou o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, sobre a burocracia no acesso ao associativismo juvenil, mencionando as taxas de inscrição no Registo Nacional de Associações Juvenis, bem como a burocracia no acesso à habitação, nomeadamente ao Porta 65 Jovem. Salientando a necessidade de «fomentar a utilização dos transportes públicos», terminou com uma questão sobre o sentido de oportunidade para a «implementação de um SIMPLEX Jovem».
Também na audição ao ministro da Educação, João Torres, invocou as declarações de Passos Coelho feitas hoje numa escola da Amadora, acusando-o de querer falar no «dia das mentiras» ao afirmar que, governando, estaria a «bombar para que a crise ficasse para trás», reafirmando que nunca convidara os jovens portugueses a emigrar. Na mesma intervenção, o Secretário-geral da JS, mencionou a «mudança de paradigma» do atual governo, num esforço «perseverante» que atenta ao «papel inalienável da escola» para o futuro dos jovens. Abordando as questões do emprego e associativismo juvenil, bem como os processos de formação formal e informal, invocou a necessidade de uma «educação para a cidadania», questionando sobre o papel da escola neste processo, nomeadamente quanto à necessidade de «reavaliar a introdução de uma disciplina de formação cívica».
Nota: os vídeos completos das intervenções podem ser consultados nos links abaixo.
Debate na Especialidade OE2016 Audição Ministro da Ciência – Diogo Leão
Debate na Especialidade OE2016 Audição Ministro da Ciência – João Torres
Debate na Especialidade OE2016 Audição Ministro da Educação – Ivan Gonçalves
Debate na Especialidade OE2016 Audição Ministro da Educação – João Torres