Em comunicado hoje tornado público a Juventude Socialista considera uma derrota política, de Cavaco Silva e da direita, a desqualificação dos vetos exercidos pelo PR no passado dia 25 de janeiro.
A Assembleia da República confirmou hoje, em Plenário, o Decreto n.º 6/XIII respeitante à reversão das alterações impostas pelos partidos da direita ao regime da interrupção voluntária da gravidez (IVG), e o Decreto n.º 7/XIII que determina o acesso à adoção em plenas condições de igualdade por casais do mesmo sexo, com os votos favoráveis das bancadas do PS, BE, CDU e PEV, bem como do deputado do PAN.
Os diplomas, que haviam sido aprovados no dia 20 de novembro, foram objeto de veto político por parte do Presidente da República, veto esse ultrapassado hoje, com nova votação, o que obriga à sua promulgação, por Cavaco Silva, no prazo de 8 dias.
No documento é recordada a declaração de João Torres, Secretário-geral da JS, que considerara «estas batalhas, defendidas pela Juventude Socialista e outras forças de esquerda desde há décadas» como prova da sua «importância das forças progressistas de esquerda», defendendo que são testemunho da sua capacidade de estarem «à frente do seu tempo, defendendo mudanças civilizacionais necessárias», mesmo quando estas se apresentam como «assuntos tabu».
O comunicado da JS lembra ainda que esta confirmação surge precisamente na véspera de se celebrar o 9º aniversário da vitória do SIM no referendo sobre a despenalização do aborto, outra grande vitória na luta pelos direitos humanos alcançada por Portugal.
Nota: texto integral disponível aqui.