«[…] O serviço militar obrigatório não só não é uma solução para os eventuais problemas de falta de efetivos nas Forças Armadas, o que aliás é amplamente reconhecido pelas chefias militares, como sou da opinião que a formação cívica e a transmissão de um conjunto e de uma hierarquia de valores aos jovens portugueses não deve estar à mercê da reposição deste regime de caráter militarista[…]», afirmou Ivan Gonçalves.
A Juventude Socialista condenou hoje as recentes declarações do Ministro da Defesa Nacional relativamente ao possível regresso do serviço militar obrigatório (SMO). Numa visita ao contingente militar português presente na Lituânia, José Azeredo Lopes não excluiu a possibilidade de se estudar o regresso ao serviço militar obrigatório de modo a colmatar a falta de efetivos nas Forças Armadas.
A Juventude Socialista emitiu um comunicado em que o seu Secretário-geral, Ivan Gonçalves, afirma que «a JS entende que regressar a um modelo de SMO seria um verdadeiro retrocesso civilizacional, pelo que não vislumbramos, neste momento, nenhuma razão substantiva que nos leve a considerar que esta deva ser uma matéria passível de ser revertida».
O líder dos jovens socialistas acrescentou ainda «que o serviço militar obrigatório não só não é uma solução para os eventuais problemas de falta de efetivos nas Forças Armadas, o que aliás é amplamente reconhecido pelas chefias militares, como sou da opinião que a formação cívica e a transmissão de um conjunto e de uma hierarquia de valores aos jovens portugueses não deve estar à mercê da reposição deste regime de caráter militarista, antes deve ser incrementada pelo fomento da participação cidadã nas escolas e na sociedade».
O Comunicado refere ainda que «uma vez que o programa do XXI governo constitucional não prevê o regresso a um modelo de serviço militar obrigatório, nem tão pouco sinaliza a necessidade de retomar este debate, a Juventude Socialista entende que o Ministro da Defesa Nacional se deveria abster de introduzir esta questão no espaço público, pois tal não contribui para resolver nenhum dos atuais ou futuros problemas das Forças Armadas, da sua atratividade aos olhos da juventude, nem para que a condição militar saia valorizada».
Podes consultar esta declaração na íntegra aqui.