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Opinião da Semana - Daniel Soares


DanielSoares-InfoJSEm junho, a palavra marchar ganhou uma nova força. Para além das habituais marchas populares, tivemos no dia 18 do mês passado, em Lisboa, a mais participada Marcha LGBT em Portugal.

Aparentemente, a defesa da igualdade e não discriminação parecem ser questões redundantes: e a igualdade no exercício dos direitos, liberdades e garantias não pode ser ferida em função da orientação sexual ou identidade de género.

A JS teve um papel fundamental na concretização da não-discriminação em função da orientação sexual em Portugal quanto esteve na linha da frente na defesa do casamento entre pessoas do mesmo sexo e adoção por casais homossexuais.

No entanto, a efetivação destes direitos, constitucionalmente garantidos, é uma realidade incompleta. Não basta que a lei o diga, nem apenas que seja cumprida; é preciso que seja interiorizada.

Estima-se que em Portugal 70% das Pessoas LGBT foram alvo de bullying nas escolas e nem as mortes em Orlando impediram que, no nosso país, se dissessem palavras de desdém e ódio.

Do estrangeiro chegam recorrentemente relatos de crimes de ódio: agressões na Rússia, criminalização da homossexualidade na Serra Leoa ou o atentado terrorista em Orlando.

O rol de pessoas que foram vítimas da homofobia é extenso e representa uma cruel violação do mais elementar Princípio da Dignidade da Pessoa Humana, que só pode ser entendendo como um ataque direto a Todos.

Hoje, mais do que alguma vez, é necessário mostrarmos que estamos unidos para lutar pela verdadeira igualdade e, por isso, ainda temos que marchar pelo respeito pela diferença e pela igualdade.

 

23/07/2016
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