A JS manifesta a sua preocupação com o plano de concessão integral das Pousadas da Juventude
A Juventude Socialista manifestou hoje, em reacção ao anúncio feito na semana passada pela Secretaria de Estado do Desporto e Juventude, a sua preocupação com a abertura do concurso de concessão integral de 14 Pousadas da Juventude, acusando o Governo de ter actuado deliberadamente nos últimos anos para alienar as pousadas.
A JS considera que o plano de atribuição de metade das Pousadas da Juventude a uma gestão alheia faz perigar a missão das pousadas e reforça a percepção de que as secretarias de Estado do actual governo se limitam a funcionar como meras delegações do Ministério das Finanças. Para a Juventude Socialista, as pousadas de juventude devem ter um posicionamento estratégico vocacionado para a promoção do turismo e do lazer junto dos jovens portugueses e com preços controlados, o que poderá estar em causa num futuro próximo. Apesar de a possibilidade de autarquias e associações juvenis gerirem pousadas ser positiva, o que está em causa neste processo é a destruição de um património que é pertença do Estado e do conjunto da juventude portuguesa: «o Governo quer livrar-se de mais uma função social do Estado», acusa João Torres, Secretário-geral da JS.
Na opinião de João Torres, «o Governo manifestou incúria em relação às Pousadas de Juventude nos últimos anos para, no final da legislatura, se desfazer de mais um importante activo do país». «É inconcebível que o Governo insista em tudo privatizar em vésperas de eleições», manifestando uma postura que considera como «duvidosa, de frágil legitimidade democrática e lesiva para o Estado», refere o líder da JS.
João Torres acrescenta que «a uma Secretaria de Estado do Desporto e da Juventude, que durante um mandato foi incapaz de se pronunciar sobre as centrais preocupações dos jovens, se exigia mais como marca de mandato do que uma vontade de privatização a preço de saldo da rede das Pousadas da Juventude».