Tendência de crescimento do desemprego jovem acentua «difícil relação do Governo com a realidade» e «ridiculariza os tempos de antena» exibidos

A Juventude Socialista reagiu aos dados publicados esta semana pela OCDE, que dão conta de que Portugal é o quarto país europeu com maior taxa de desemprego jovem. Estes dados, em linha com os recentemente avançados pelo Instituto Nacional de Estatística e pelo Eurostat, apontam para a subida da taxa de desemprego jovem, que se cifra atualmente nos 35%, um valor 14% acima da média europeia.

João Torres, Secretário-geral da JS, considera que, no atual cenário, «importa recuperar as declarações proferidas por Passos Coelho em 2011 acerca do desemprego», considerando ainda que «o líder do PSD se transformou naquilo que criticara quando era líder da oposição». O líder da JS acrescenta ainda que Passos Coelho «deliberadamente adotou uma estratégia de chegada ao poder alicerçada na mentira que, hoje, lhe cria o embaraço de fazer oposição às suas medidas enquanto líder do Governo».

O líder da JS defende que «perante um desemprego jovem fora de controlo, é necessária uma resposta rápida, sustentada e assertiva, algo que até agora o Governo foi incapaz de fazer», insistindo na exigência de uma utilização inteligente dos fundos comunitários, designadamente no que diz respeito à Garantia Jovem que «para o Governo é uma certeza mas para a juventude portuguesa é uma ficção».

A JS considera que os números divulgados comprovam o falhanço do Governo em garantir a sustentabilidade económica e social de Portugal: «este é um país com cada vez menos oportunidades e que força os jovens portugueses a emigrar», destaca João Torres, que acrescenta ainda que «a cada dia que passa, existe um fosso cada vez maior entre o Governo e a realidade. O Primeiro-ministro e os membros do Governo vivem num mundo de fantasia».

Os jovens socialistas consideram «totalmente inaceitável» o silêncio do Governo face à sucessiva publicação das estatísticas referentes ao desemprego jovem, e reforçam a importância de este encetar uma nova abordagem política ao problema do desemprego jovem.